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sábado, 6 de março de 2010

A hora do brinde

Anacreon de Téos












A origem vem lá de longe. Desde que se conhece a história da humanidade tem alguém fazendo alquimias, misturando coisas e buscando novas reações químicas. Com as bebidas também é assim. Na Idade Média já se misturava sucos de frutas aos destilados, pois estes eram muito fortes, com graduação alcoólica de 60 a 80 graus. Na antiga Grécia se misturava ao vinho, desde água do mar a mel de abelhas ou mesmo vinagres para dissolver e abrandar seu gosto, tendo assim um cocktail. A exemplo do Irish Coffee, que, quando surgiu, nada mais era que álcool de centeio e água quente servida aos marinheiros do capitão "Grog", da marinha britânica.

Cocktail significa, em inglês, rabo de galo. Diz-se que o primeiro coquetel da história foi servido em taças decoradas com penas de galos imolados. A prática de misturar bebidas desenvolveu-se com maior intensidade no início do século passado, quando a Lei Seca impediu a venda de bebidas alcoólicas nos Estados Unidos. Por conta disso e para disfarçar o sabor desagradável de bebidas falsificadas, incrementou-se a prática de misturar outros ingredientes. Hoje todo mundo tem seu próprio coquetel, saindo dos clássicos para os que se inventam na hora.

O clássico dos clássicos é o Dry Martini. Dentre as várias histórias sobre sua origem, a mais aceita conta que, na década de 20, o barman Martini de Armatiggia, do Knickerboker Hotel, em Nova York, misturou Gin e vermute para agradar o bilionário John Rockfeller e cedeu seu primeiro nome ao coquetel - Dry Martini. É bem seco, os mais exagerados dizem que apenas sussurram o nome "martini" ao copo de gim. Outros apenas misturam o gelo no vermoute, descartam o martini e colocam o gim. A receita daqui é a mais executada, com uma divisão 8x2 entre gim de martini. Outro clássico norte-americano é o Old fashioned, coquetel de uísque (para o qual se recomenda o rye, o uísque de lá), levemente adocicado com açúcar.

Também com boa tradição existe a Margarita, mistura de tequila e cointreau, que teria sido criado em Acapulco para uma socialite estadunidense nos anos 40. Utilizando curaçau azul em vez de cointreau (ambos são licores de laranja) dá-se um efeito colorido muito especial.

O que atrai nos coquetéis, além dos clássicos, é a surpresa do paladar. E o inusitado de algumas misturas. Como a que fizeram Júlio Camargo e Ronald Friesen, do Boteco de Sampa, na Caipirinha de Jägermeister (embora a denominação oficial de caipirinha só seja aceita para a tradicional, de limão e cachaça), misturando o digestivo com os pedaços de limão. Diego Ferreira, chefe de bar do Citra Bar, propõe uma mistura de malibu (rum e coco) com licor de banana e manga, na criação do Malibu flash, de toque adocicado e interessante textura. Da Campari do Brasil vem a ideia do Jane Bug, um coquetel que utiliza o Midori (licor de melão), com rum de coco e suco de abacaxi.

Do Restaurante Aire, com sotaque espanhol, chega uma Sangria refrescante, de autoria da barwoman Flávia Araújo, que também serve a sangria tradicional. Marcos Daldissera (que foi proprietário do Nick Havana, conhecido pela qualidade de seus coquetéis), barman do Santillana Lounge Bar, tem como uma das principais atrações da casa o Caipilé, uma caipiroska (de vodka) de frutas que ganha o toque final de um picolé de frutas. E os fins de tarde do hotel Bourbon contam com um coquetel personalizado, o Bourbon Summer, concebido por Marcelo Bairros e Carlos Padilha, barmen do La Casa del Tabaco - uma combinação de gim, licor de menta e suco de laranja.

Opções, portanto, não faltam (isso sem contar dezenas de outras que ficaram fora da seleção e que dariam outra edição completa do tema). Agora é só escolher, preparar o copo e brindar.

Tim-tim!

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